domingo, 24 de outubro de 2010

As melhores coisas do mundo.

Assistindo ao filme "As melhores coisas do mundo" de Lais Bodanzky refleti sobre vários temas da vida e do comportamento humano.
Em primeiro lugar, me atingiu profundamente a idéia do preconceito, pré-julgamento, que por mais que pensamos estar imunes, não estamos. Inicialmente fiquei muito surpresa ao constatar que os jovens adolescentes que considero livres, modernos e inovadores também carregam dentro de si  ideologias conservadoras e preconceituosas e ao mesmo tempo são vítimas delas. Alvos também do inconsciente coletivo, discriminação e do julgamento banal de comportamentos alheios. E no meio disso tudo eles precisam sobreviver sem saber o caminho que devem seguir, como entender seus próprios sentimentos, sem orientação pois os adultos também vivem sem certezas sem definições das idéias, dos próprios sentimentos e como devem se comportar para não sofrerem acusações de reacionários e antiquados. Pensando nisso tudo também fiquei muito surpresa com o meu próprio pré-julgamento que me faz pensar que os jovens de hoje são livres, modernos e inovadores, como se fosse mais fácil e simples ser adolescente nos dias de hoje. O que me faz pensar que eles sejam tão diferentes do adolescente que um dia fui? São apenas jovens que foram gerados e criados pelos adultos de hoje, adolescentes de ontem. Jovens que precisam conviver no seu cotidiano com a banalização dos segredos íntimos, bulying, preconceitos sobre as opções sexuais, descoberta dos próprios sentimentos e a necessidade de encontrar o seu próprio "eu" no meio deste turbilhão de emoções.
É muito interessante quando o personagem principal diz que não teria preconceito de nada se acontecesse a mesma situação com outra pessoa, o problema é que a situação é com ele.
Quando não estamos sendo alvos de uma situação constrangedora podemos dizer elegantemente que somos liberais, sem preconceitos. Tudo isso faz com que precisemos refletir sobre as nossas condutas morais e comportamentais.
Mas "a melhor coisa do mundo" é a constatação de que todos somos iguais, com as mesmas fragilidades, emoções, e ainda, o melhor é constatarmos que ninguém é melhor do que ninguém e que sempre precisamos um do outro. O mais importante é a compreensão e o amor sem julgamentos.
Os jovens atores que, sob a direção maravilhosa da Laís Bodanzky, dão o recado com as suas ótimas atuações nos alegra prometendo o futuro cada vez melhor ao filme nacional.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Feliz Dia dos Professores! - Feliz Dia dos Médicos!

Vivemos as nossas vidas amparadas por várias e caras pessoas.
Estamos aqui  bem vivos, saudáveis, criando e produzindo graças ao amor e dedicação de um número incalculável de pessoas!
Inicialmente duas pessoas foram responsáveis para nos trazer ao mundo. Nossos pais nos geraram, nos amaram, nos criaram e educaram com a ajuda de uma infinidade de pessoas.
Nascemos e vivemos no mundo em que, de tão maravilhoso,  ninguém quer partir. Por que sentimos este mundo tão maravilhoso? Por que temos tanto apego à vida?
A minha resposta seria : "Porque é nela que existe o que há de mais encantador e de mais sedutor!"
A beleza! A beleza da natureza, da arte, do ser humano, da amizade, da doação, da generosidade, do amar e ser amado. Enfim, tudo que se frutifica a partir do encontro de pessoas, de animais e da natureza.
Por tudo isso adoramos estar vivos neste mundo!
Passado o Dia das Crianças nos deparamos com o Dia do Professor (Dia 15/10)e em seguida com o Dia do Médico(Dia 18/10).
Seria quase impossível enumerarmos a enorme quantidade de professores que nos ajudaram na construção da nossa formação cultural, intelectual e até pessoal. Alguns professores mais especiais guardamos para sempre na nossa memória, com muito carinho.
A minha primeira professora, do primeiro ano primário,( não cursei o pré-primário) foi uma pessoa inesquecívelmente especial, tamanho era o seu carinho, dedicação e amor pelos alunos. Lembro-me perfeitamente até do seu perfume, da sua elegância clássica e discreta, do seu sorriso amoroso e guardo comigo no meu álbum de recordações as suas belas letras escritas com uma caneta tinteiro onde me dedica uma poesia infantil muito graciosa. Penso que fui muito feliz ao ser acolhida na primeira escola da minha vida por uma pessoa tão cheia de amor e carinho.
Sinto que conhecer pessoas maravilhosas na infância pode ser determinate para a nossa formação assim como o contrário, a infelicidade de cruzarmos pelo nosso caminho pessoas amargas podem nos deixar rastros de amargura também. Nunca ganhei nenhum prêmio na loteria, mas para compensar-me Deus sempre cercou-me de pessoas muito especiais que cuidam,  ensinam e dedicam muito amor e amizade por mim.

Estamos a alguns dias do Dia do Médico. No decorrer da minha vida desde a minha infância passei por alguns sustos em matéria de saúde, todavia sempre tive a providência divina a meu favor me fazendo ir ao encontro de médicos competentes e principalmente muito humanos. A cada encontro com eles aprendo a admirá-los profundamente e sinto no coração o significado das palavras dedicação humana e amor ao próximo.
Pessoas que se dedicam em cuidar do próximo, muitas vezes sacrificando sua juventude, suas vidas com o único objetivo de salvar e recuperar as nossas.
Graças a estas pessoas estamos aqui vivas, fortes e saudáveis para aproveitar cada dia, cada segundo de tudo que nos seduz!
Feliz Dia do Professor!
Feliz Dia do Médico!
Muito obrigada!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Feliz Dia de Todos Nós!

Feliz Dia das Crianças! ...A nossa criança interna e eterna!
Tomo a liberdade de iniciar esta postagem com esta frase gentilmente enviada por um anônimo como um comentário referente à minha postagem anterior "Preencher a vida".
Hoje é Dia das Crianças!
Crianças, seres puros e límpidos como a água, inocentes e também tão sábios!
Sábios, pois sabem viver, são felizes pois são livres de preconceitos, hipocrisias, falsidades e manipulações. Vivem aproveitando cada segundo do dia, tudo que a vida, a natureza nos presenteia de mais maravilhoso. Sabem contemplar uma formiga que se esconde entre as folhas do jardim, percebem as flores que desabrocham, o desenho que a nuvem pinta sobre o céu, a música que a chuva compõe ao cair sobre o telhado. Sorriem com a careta, sorriem com o "pum", sorriem com tudo que faz barulho e que os adultos
enrugam suas testas.
Quando estou com elas sinto como é fácil ser feliz, como é simples viver!
Por que complicamos tanto a vida? Em qual manual estaria escrito que para ser adulto temos que ser sérios,
sempre ocupados, ler livros difíceis e pesados, não gostar de guloseimas, não chorar por qualquer coisa, saber suportar e não dar trabalhos para os outros?
Já fomos crianças e sabemos como é divino ser criança!
É como andar de bicicleta,  jamais esqueceremos.
Evidentemente que não voltaremos a usar babador e fraldas, nem bateremos as pernas no chão quando queremos algo, mas por que não recuperarmos ou acordarmos um pouco da criança que um dia fomos?
Aquela criança que empacotamos e guardamos no porão da nossa vida e que está ávida para ser lembrada.
A criança que sorria muito, que conversava com todos, que tinha a curiosidade acentuada,  que acreditava
na vida,  na magia, na fantasia, nas pessoas, não via problema em se sentar no chão, em se sujar com a terra, cantar alto, enfim, ser livre e feliz a cada sopro de vida!
Feliz Dia de Todos Nós, crianças que fomos e sempre seremos!

domingo, 10 de outubro de 2010

Preencher a Vida.

Um grande papel alvo.
De tão alvo me assusta e me desafia.
O que vou desenhar?
Com quais cores vou preenchê-lo?
Puxando o fio da meada da vida lembrei-me que quando criança, nada disso me assustava, pelo contrário, quanto mais branco, quanto mais espaço eu tivesse para preenchê-lo com desenhos me animava.
Seria o descomprometimento com o resultado,  a falta de responsabilidade sobre a arte final?
Nesta manhã um tanto cinza, um tanto fria, diante do papel branco me encarando resolvi fazer uma
volta ao meu passado.
Me ví deitada no chão, de bruços, sobre o chão de tacos pequenos, alguns soltos que me incomodavam na barriga. Nada disso importava, a mesa era pequena demais para desenhar. A minha blusa que ficava suja nos cotovelos e na barriga em contato com o chão não importava, eu só queria desenhar.
Desenhar simplesmente! Simplesmente me fazer feliz.
O que me instigava era a certeza de que eu poderia construir o meu mundo de faz de conta com as minhas próprias mãos, apenas com a ajuda do lápis e papel. Um mundo só meu, onde seria tudo que eu quisesse!
Eu era a princesa, era bonita, era boazinha, era alta, magra, rica e um principe a me cortejar.
Enquanto ia desenhando também ia falando alto as falas de cada personagem, precisava me desdobrar!
Empostar a voz nas falas do príncipe, afinar a voz nas falas da princesa e assim meu dia acabava rapidinho
juntamente com os papéis e os lápis. O papel era um grande problema. Numa época em que não tínhamos condições de comprar sulfites muito menos cadernos de desenhos que não fossem para serem usados na escola. Mas existiam os papéis de embrulhos que eram acirradamente disputados entre mim e minha irmã.
Todos os papéis que entravam na casa eram desamassados e divididos igualmente para as duas, milímetro por milímetro. E assim éramos  plenas e felizes! Hoje contemplo com alegria meus sobrinhos empilhando cadernos e cadernos de desenhos com as folhas preenchidas com arte, liberdade e criatividade.
E com que perfeição, dedicação representam o mundo real e o imaginários deles! Parece que nasceram outro dia mas sabem representar perfeitamente, através dos desenhos, a vida que imaginam, sentem e vêem.
Desenhar, preencher um papel alvo e intocável é como viver, pensei.
Quando crianças nada tememos, se errarmos, fazemos de novo ou não erramos pois não tememos.
Crianças sabem viver, sabem aproveitar cada minuto do dia e sabem amar a vida com maestria.
E elas nos ensinam muito. Ensinam que mesmo adultos não podemos jamais esquecer a pura alma infantil, o olhar curioso sobre a vida, simplesmente fazer porque amamos e amarmos o que fazemos. 
Pensar em tudo isso me deixou cheia de disposição para encarar o meu papel branco e continuar a preenchê-lo, assim como a vida, com amor e dedicação. 

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

AEILIJ - Paulista "Vice-Versa"

Este mês tive o prazer de participar do "Vice-Versa" de Outubro/2010 da AEILIJ-Paulista- Associação dos Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil do Estado de São Paulo,
 a convite da escritora Regina Sormani onde sou entrevistada pelo escritor, poeta e editor Marco Haurélio Fernandes e tive o prazer de entrevistá-lo também.
Covido a todos a conhecerem este escritor dedicado também à Literatura de Cordel.
Blog do Marco Haurélio : http://www.marcohaurelio.blogspot.com/