Algumas palavras e os seus significados bloqueiam e dificultam as nossas vidas.
Tenho certeza, Deus nada criou que não seja necessário para o nosso aprendizado e crescimento.
Mas este aprendizado nem sempre é rápido e muito menos indolor.
Rejeição é uma delas. Muitas dificuldades, sofrimentos e problemas com a nossa auto-estima perderiam a sua noscividade se a palavra "rejeição" desaparecesse dos nossos sentimentos. Contudo, ela existe, sofremos, mas com algum esforço superamos. Sózinhos ou com a ajuda de terceiros, profissionais ou não, vamos entendendo o mecanismo da rejeição para então tornarmos fortes e inabaláveis.
Ao receber telefonemas de candidatos a se tornarem alunos de desenho sempre costumo perguntar se já desenham. Praticamente cem porcento das pessoas que estão do outro lado da linha, respondem com evasivas. Mesmo aquelas pessoas que depois ao primeiro contato vejo que são desenhistas experientes, nunca respondem afirmativamente.
Presumo que isso seja a humildade dos artistas, porém até mesmo pela minha própria experiência, sei que ao afirmarmos que somos desenhistas tememos saber a reação das pessoas ao apresentarmos os trabalhos. Medo de decepcionar e da rejeição através das críticas.
Pior ainda é o medo da própria rejeição. Muitas vezes quando estou diante de um papel, ao dar o primeiro traço sinto um certo friozinho na barriga, uma ansiedade, uma preocupação se algum traço feio, mal feito se espalhará sobre o imaculado papel. Medo de me decepcionar com o meu próprio traço. E quando a expectativa é sanada com sucesso, até sorrio feliz. Que coisa estranha e ao mesmo tempo complicada.
Tive um professor, grande aquarelista, que se negava a pintar rodeado pelos alunos, pois ele dizia que os alunos costumavam superestimar o professor imaginando que o artista é uma máquina de fazer arte, não percebiam que o artista tem os seus dias de inspiração e não. E aquele dia poderia ser justamente um dia ruim. A obra nem sempre é aquele trabalho que saiu na primeira pincelada, pode até acontecer, mas também poderá ser o último de uma montanha de trabalhos descartados. Ele dizia que não seria justo ser alvo de um julgamento e crítica dos alunos, por apenas um dia ruim.
Em todas as profissões o fantasma da rejeição é sempre um temor difícil de ser superado.
Atores, modelos e muitos outros profissionais precisam conviver diáriamente com a rejeição. No relacionamento amoroso, familiar, a cada dia convive-se com amor, mas também com a rejeição. É preciso aprender a não se machucar a cada novo contato com a dita cuja. Não é fácil.
Uma certa vez ajudei uma amiga a divulgar o seu curso de idiomas. Distribui panfletos na avenida Paulista! Avenida Paulista, uma grande avenida comercial, empresarial onde um número incalculável de pessoas transitam muito apressadamente. Isto foi para mim um desafio e um grande exercício de humildade e coragem. Não existe nada mais difícil do que tentar interromper os passos de uma enxurrada de pessoas que transitam pelas ruas apressadíssimas e ao entregar o panfleto, ser bruscamente rejeitada. É um exercício e tanto para se acostumar com a rejeição. A grande maioria das pessoas olhavam feio com uma certa irritação, outras simplesmente não nos enxergavam, nos ignoravam. No entanto, existiram aquelas pessoas que delicadamente aceitaram, sorriram e até agradeceram. Era o instante que nos apaziguava o coração. Depois desta minha experiência, ao passar pelas pessoas que distribuem propagandas e panfletos nas ruas, aceito e agradeço com um sorriso pois sei como isto faz a diferença. É um trabalhador que está o dia todo na rua, sob o sol forte para garantir o seu sustento. No meu caso, mesmo sendo com o propósito de colaborar com uma grande amiga, foi uma experiência nada fácil.
A rejeição existe por todos os cantos, a todos os instantes, mas com entendimento e compreensão do outro e com um pouquinho de boa vontade poderemos atenuar algumas pontadas no coração que ela provoca.
Aceitamos ou tentamos aceitar com serenidade que aquele "Não!" não é nada pessoal, não é pelo que somos. É apenas o resultado de uma opção entre o "Sim" e o "Não". E sem o ponto de exclamação.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Essencial.
- Naomy, o que é "essencial" na sua existência?
Uma querida amiga, não, querida é muito pouco, uma grande amiga, uma amiga verdadeira, uma irmã, daquelas pouquíssimas jóias preciosas que temos em toda a nossa vida, me perguntou, de repente.
Fiquei por um instante exitante, afinal temos tantas coisas essenciais na vida. Ela me ajudou.
- O que ou para o que você acharia que valeu e vale a pena viver?
E mais uma vez muitas coisas passaram pela minha cabeça.
Tantas coisas fazem a nossa vida valer a pena!
Família, conhecer pessoas, ensinar, doar-se, amizades... amar!
Ah! como vale a pena amar e ser amada, dar carinho e receber carinho, cuidar e ser cuidada!
Ela me ajudou mais ainda para organizar meus pensamentos e direcionar a uma única resposta.
- O que seria o marco da sua existência?
Então não tive dúvidas!
- Ah! O desenho! Ele me dá identidade, me faz sentir que existo, me anima e me ensina a lutar.
Só eu consigo sentir a dimensão da palpitação que sinto a cada nova proposta, o frescor de cada novo desafio e a gratidão que sinto a cada nova oportunidade.
Eu me pergunto:
-Se eu ganhasse uma fortuna na loteria nunca mais desenharia? Passaria o resto dos meus dias em alguma praia, esticada sobre uma toalha na areia, tomando um suco? Jogaria todos os meus materiais de desenho pela janela a fora?
-Com certeza, não! Pois desenhar é o que faço desde que me conheço por gente, desde que nada sabia sobre valores materiais, apenas pelo prazer de criar e colorir o meu mundo. Evidentemente seria uma pessoa menos preocupada com as contas no final do mês, contudo mesmo milionária desenharia sim e de preferência, para algum livro. Sentiria a mesma palpitação a cada novo texto, seria a mesma Naomy que encontraria satisfação ao transformar em imagens cada cena, cada sentimento. Isto sim é impagável.
É realmente algo essencial, independentemente de ser um bom desenho ou não é o caminho que me possibilita externar como recebo e sinto a vida. É algo que faço nos momentos felizes, infelizes, difíceis e fáceis por que é o que me acalma, me interioriza, faz meu coração bater mais forte e me possibilita renascer!
Uma querida amiga, não, querida é muito pouco, uma grande amiga, uma amiga verdadeira, uma irmã, daquelas pouquíssimas jóias preciosas que temos em toda a nossa vida, me perguntou, de repente.
Fiquei por um instante exitante, afinal temos tantas coisas essenciais na vida. Ela me ajudou.
- O que ou para o que você acharia que valeu e vale a pena viver?
E mais uma vez muitas coisas passaram pela minha cabeça.
Tantas coisas fazem a nossa vida valer a pena!
Família, conhecer pessoas, ensinar, doar-se, amizades... amar!
Ah! como vale a pena amar e ser amada, dar carinho e receber carinho, cuidar e ser cuidada!
Ela me ajudou mais ainda para organizar meus pensamentos e direcionar a uma única resposta.
- O que seria o marco da sua existência?
Então não tive dúvidas!
- Ah! O desenho! Ele me dá identidade, me faz sentir que existo, me anima e me ensina a lutar.
Só eu consigo sentir a dimensão da palpitação que sinto a cada nova proposta, o frescor de cada novo desafio e a gratidão que sinto a cada nova oportunidade.
Eu me pergunto:
-Se eu ganhasse uma fortuna na loteria nunca mais desenharia? Passaria o resto dos meus dias em alguma praia, esticada sobre uma toalha na areia, tomando um suco? Jogaria todos os meus materiais de desenho pela janela a fora?
-Com certeza, não! Pois desenhar é o que faço desde que me conheço por gente, desde que nada sabia sobre valores materiais, apenas pelo prazer de criar e colorir o meu mundo. Evidentemente seria uma pessoa menos preocupada com as contas no final do mês, contudo mesmo milionária desenharia sim e de preferência, para algum livro. Sentiria a mesma palpitação a cada novo texto, seria a mesma Naomy que encontraria satisfação ao transformar em imagens cada cena, cada sentimento. Isto sim é impagável.
É realmente algo essencial, independentemente de ser um bom desenho ou não é o caminho que me possibilita externar como recebo e sinto a vida. É algo que faço nos momentos felizes, infelizes, difíceis e fáceis por que é o que me acalma, me interioriza, faz meu coração bater mais forte e me possibilita renascer!
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Página do Ilustrador - AEILIJ Paulista
http://www.aeilijpaulista.blogspot.com/
A convite do ilustrador Danilo Macedo Marques e da escritora Regina Sormani tenho o prazer de apresentar os meus trabalhos na "Página do Ilustrador - Edição 10 - Novembro/2010" do AEILIJ- Paulista(Associação dos Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil do Estado de São Paulo).
Danilo Macedo Marques - http://www.danilomarques.com.br/
Regina Sormani - http://www.vivaolivroinfantil.blogspot.com/
Convido a todos para que façam uma visita!
Muito obrigada,
Naomy Kuroda
A convite do ilustrador Danilo Macedo Marques e da escritora Regina Sormani tenho o prazer de apresentar os meus trabalhos na "Página do Ilustrador - Edição 10 - Novembro/2010" do AEILIJ- Paulista(Associação dos Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil do Estado de São Paulo).
Danilo Macedo Marques - http://www.danilomarques.com.br/
Regina Sormani - http://www.vivaolivroinfantil.blogspot.com/
Convido a todos para que façam uma visita!
Muito obrigada,
Naomy Kuroda
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