O elevador para, a porta se abre, eu desço.
É aí... aí que se encontra o problema! É que eu desço sempre! Independentemente de qualquer coisa a porta se abre e eu desço mesmo que não seja o meu andar de destino! Já perdi a conta das vezes que sai correndo e enfiei o rosto (pela minha estatura) na barriga das pessoas que adentravam no elevador, me servindo como um air bag. A minha pressa de sair de um ambiente fechado é tanta que nem questiono se é o meu destino ou não, simplesmente meus pés saltam do elevador.
Morro de vergonha, tenho raiva da minha atitude mas não consigo dominá-la. Meus sobrinhos queridos se divertem com este meu jeito atrapalhado de ser e me chamam de
"Tia Natrapalhada"(Naomy + atrapalhada). Com certeza eles conhecem bem a tia que têm. Outra parte do meu corpo que não domino, não consigo controlar quando subo no elevador é o meu dedo indicador que está severamente condicionado a apertar o botão da letra "T", térreo, mesmo que eu tenha que descer até o subsolo, garagem. Outro dia mesmo, ao subir no elevador já havia dois passageiros a bordo, o botão do subsolo (garagem) já havia sido apertado, exatamente para onde iríamos também. Mas o meu dedo... "TUM!" foi direto no "T" de térreo. Eu não tinha nada para fazer no térreo.
Meu marido me olhou com cara de:Morro de vergonha, tenho raiva da minha atitude mas não consigo dominá-la. Meus sobrinhos queridos se divertem com este meu jeito atrapalhado de ser e me chamam de
"Tia Natrapalhada"(Naomy + atrapalhada). Com certeza eles conhecem bem a tia que têm. Outra parte do meu corpo que não domino, não consigo controlar quando subo no elevador é o meu dedo indicador que está severamente condicionado a apertar o botão da letra "T", térreo, mesmo que eu tenha que descer até o subsolo, garagem. Outro dia mesmo, ao subir no elevador já havia dois passageiros a bordo, o botão do subsolo (garagem) já havia sido apertado, exatamente para onde iríamos também. Mas o meu dedo... "TUM!" foi direto no "T" de térreo. Eu não tinha nada para fazer no térreo.
- Ai, meu Deus, você fez de novo!
Ele já deveria estar imaginando os olhares dos passageiros quando eu não descesse no térreo.
Eu pensei rápido e ao abrir a porta do elevador no térreo, embora não fosse o meu destino, desci correndo.Ele já deveria estar imaginando os olhares dos passageiros quando eu não descesse no térreo.
Inventei uma historinha. Disse alto para o meu marido, mas para que os passageiros ouvissem:
- Me pega na rua, eu tenho que passar na portaria.
Quando entrei no carro, meu marido fez um "tisc, tisc, tisc" e desabou a dar risada pela minha encenação forçada.
E assim, entre tantas gafes, vou driblando as minhas atrapalhadas que tem sido difícil de controlar.
Recentemente fiquei contente ao encontrar um sujeito num elevador de um prédio comercial.
A porta do elevador se abriu no décimo segundo andar para uma senhora de idade entrar e o rapaz saiu em disparada embora seu destino fosse o térreo. Percebendo que ainda não havia chegado no andar térreo, ficou vermelho, totalmente sem graça, pediu desculpas para a senhora pela trombada e voltou correndo para dentro do elevador. Ele me olhou tímidamente e disse baixinho:
-Eu sou muito atrapalhado!
Fui totalmente solidária a ele, afinal sei como é constrangedor.
Respondi amigávelmente:
- Eu também sempre faço isso.
Ele sorriu em agradecimento.
Me senti bem, não estava sozinha, somos humanos, falhamos, mas vamos tentando nos acertar.
Lembro que a minha mãe me contava que aves são seres tão condicionados que:
"Escureceu, vão dormir."
Como penso que devo ter alguns neurônios a mais do que as aves, quando o dia escurecer repentinamente, vou me policiar para dar uma conferida se realmente a noite chegou ou se é dia de eclipse lunar antes de pular para a cama.
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