Hoje tive o grande prazer de sentir e ouvir o som da "união", da disciplina, da perseve- rança e principalmente o som da "paixão" de 35 jovens
músicos que nos presentearam com momentos singulares de encontro com Mozart e Schubert.
Sob a regência do Maestro Gil Jardim, a Orquestra de Câmara da Universidade de São Paulo - OCAM nos ofereceu um domingo muito especial no Grande Auditório do MASP- Museu de Arte de São Paulo.
A voz inacreditávelmente bela da soprano
Elizabeth Ratzersdorf ecoou e registrou em nossos ouvidos e no coração, o fruto do talento, do aperfeiçoamento e da dedicação. Dedicação e o treinamento que não vemos, que nem conseguimos dimensionar o tamanho do empenho
que se faz necessário para se chegar a este resultado.
Enquanto apreciava estes momentos únicos pude refletir sobre a beleza da Arte que não precisa de palavras ou não se consegue encontrar palavras para decrevê-las. Basta sentí-las. O turbilhão de emoções que sentimos quando entramos em contato com o "Belo" é absolutamente idêntico em todas as artes. É o que nos enriquece, nos molda, nos faz pessoas melhores. Ao contemplar cada um dos jovens músicos, ví 35 músicos talentosos que certamente são brilhantes individualmente mas que não se faz necessário destacar-se mais do que outro, com a união do esforço de cada integrante se chega à aquela obra de arte coletiva.
A linda Sinfonia no. 5 de F. Schubert me fez sentir doloridamente a beleza de um artista que deixou como herança para a humanidade estas obras de arte, sem nunca conhecer nem glórias nem reconhecimento em sua vida tão curta. Eternamente estas obras plantarão e germinarão nos corações da humanidade a adoração pela Arte.
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