quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Curiosidade "do bem", curiosidade "do mal".

Tenho observado muitas pessoas usarem o termo "do bem " e "do mal ". Meus sobrinhos costumam dizer este é Homem Aranha "do bem" e este é "do mal" e assim se define claramente que este é o herói e outro o vilão. Embora acredite que o ser humano e os heróis não sejam tão simples assim, resolvi me aderir ao uso deste termo pelo menos nas ocasiões que exigem maior agilidade. Bem, toda esta introdução para falar de "curiosidade". Sou uma pessoa curiosa desde que me entendo por gente. Queria respostas sobre tudo e não podiam ser respostas básicas do tipo " é ou não é", "sim ou não" e principalmente o "pode ser que sim, pode ser que não" me deixava tremendamente insatisfeita. Eu necessitava de mais detalhes, informações, notícias completas ou então preferia nem ter sabido. As pessoas que conviviam comigo ficavam me olhando feio com cara de - Ih! Lá vem ela com as suas perguntas! Nos tempos da faculdade, minhas amigas se aproveitavam deste meu traço de personalidade somada a ingenuidade. Qualquer informação que elas queriam obter vinham direto a mim e diziam:
-Ô ô ô... Naomy, por que será que ... E então, eu, bobinha, caia direitinho e me incumbia de me informar como uma repórter. Sempre tive a sensação de que as pessoas julgavam a curiosidade uma coisa feia, inconveniente, indiscreta. Ao perceber isto fui ficando mais sutil nas minhas necessidades jornalísticas. Mas como tudo que é da nossa personalidade não se apaga tão fácilmente, de tempos em tempos quando relaxo esta minha faceta se apresenta. Quando olho para as pessoas eu não vejo simplesmente. Eu admiro cada detalhe, o corte do cabelo, o seu jeito de andar, o seu sorriso e como costuma se vestir. Sinto que fico conhecendo melhor as pessoas assim, observando os gostos e as atitudes das pessoas. Também adoro observar e imaginar além do que se apresenta. -Ah, aquele senhor está comprando doces pois ele irá visitar os netos, ou aquela mulher está com a cara amarrada pois deve estar atrasada para o expediente e ela deve ter um chefe muito bravo e assim vai... Muitos dirão - Ai que fofoqueira! Bem, acho que se eu fizesse fofoca do que observo, neste caso seria uma curiosidade "do mal". Mas simplesmente sou apaixonada pelas pessoas e suas peculiaridades que fazem as pessoas serem diferentes uma das outras. Depois de muito tempo sendo complexada de que eu não era muito normal, refleti sobre o assunto e eu observei a mim mesma e cheguei ao veredicto: sou curiosa sim, mas não tenho necessidade de contar a ninguém. Comecei a entender também que estes dados que tenho armazenados na minha memória muitas vezes dão vida aos meus personagens em forma de ilustração. Resolvi me absolver e acreditar que a minha curiosidade é "do bem".

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